Ana Maria Lúcia do Nascimento e Steffany Maria Aparecida do Nascimento


ENSINO DE HISTÓRIA: A CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ÂMBITO ESCOLAR


No ambiente escolar, a história da cultura africana e afro-brasileira é pouco debatida e valorizada. O principal problema encontrado nos métodos de ensino e aprendizagem da história africana é o preconceito e a construção de uma imagem degradante do continente africano, a qual os livros didáticos acabam por reforçar, principalmente, no que tange o aspecto de inferioridade e miséria atribuída aos povos africanos, pelos europeus. É necessário problematizar e questionar tais concepções, para a desconstrução desses estereótipos preconceituosos em relação aos negros, pois:

“(...) o que ocorre, em geral é um silenciamento das memórias e atual situação do afrodescendente. A abolição da escravatura foi realizada de maneira inconsequente, não planejada: foi concedida a liberdade, mas não oportunidades já que não foram criadas políticas de inserção do afrodescendente na sociedade brasileira, nem lhes foi garantido o acesso à educação nem aos meios de produção etc. O espaço ocupado pelo negro socialmente pouco foi modificado no período pós-abolicionista e tal declaração estende-se ao tratamento despendido a esse pela comunidade não negra” [Oliveira; Goulart, 2012, p. 48].

Historicamente, a cultura africana e afro-brasileira no ensino de História foi uma temática abordada de forma problemática, em que os africanos foram reconhecidos enquanto sujeitos passivos na História do Brasil. Nesse sentido, foi promulgada em 2003, a Lei nº 10.639 – a lei, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 9 de janeiro de 2003, para além de tornar obrigatório o ensino dessa temática, foi importante no sentido de inserir a luta dos negros e suas contribuições para o âmbito social,  político e o econômico enquanto assuntos relevantes a serem abordados em sala –, que tem como objetivo a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira, em todas as instituições de ensino do país,  destacando:

“(...) a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil” [Brasil, 2003].

Embora exista tal norma, ainda há docentes que rejeitam o assunto ou quando o discutem realizam análises através de uma visão eurocêntrica, na qual o africano é considerado como o outro, aquele que é inferior. Para a desconstrução dessa imagem atribuída aos africanos e o preconceito contra a cultura negra no Brasil, é necessário mudanças no ensino da temática em todas as instituições escolares. Pois, há certas limitações e empecilhos que as instituições de ensino impõem ao docente, principalmente, quando o assunto se refere as religiões de matrizes africanas. Santos [2015, p. 12] afirma que “em alguns casos, os alunos que possuem outras religiões, são orientados a ignorar completamente quaisquer assuntos que tratem de religiões de matrizes africanas em sala de aula [...]”. Como consequência, observamos que a falta de diálogo sobre a temática causa, por exemplo, inúmeros atos de preconceito. Sendo assim, a escola deve incentivar os discentes a percepção de que a diversidade não é fruto da hegemonia de um determinado grupo, mas da composição de diversos atores sociais, que são de diferentes origens étnicas, sociais, econômicas e culturais.

Segundo o professor de história Zilfran Fontenele, é também papel da escola:

“contribuir na construção e aplicação de currículos que respeitem e valorizem matrizes culturais marginalizadas ao longo da construção da identidade nacional, respeitando as especificidades das diversas heranças culturais que contribuíram na formação social brasileira. Desta forma, cabe às escolas, dentro da autonomia que possuem para trabalhar as demandas legais e sociais, o desenvolvimento e a aplicação de Projetos Político Pedagógicos – PPP que valorizem a cidadania, a democracia, a diversidade, a inclusão e o combate a toda forma de discriminação. Estes PPP devem possibilitar o desenvolvimento de novos espaços pedagógicos que incentivam o reconhecimento e a problematização, bem como a integração das múltiplas identidades que compõem a sociedade brasileira, através de um currículo que incentive o aluno a conhecer suas origens e se reconhecer como membro desta sociedade plural e diversa” [Fontenele, 2017, p. 3-4].
Assim, de acordo com a professora Hanna de Lima, trazer para as aulas:
“o conteúdo da História e da cultura Afro-Brasileira e Africana para escola é fazer cumprir o grande objetivo proposta pela nova lei, que é fazer com que possamos refletir sobre a discriminação racial, valorizar a diversidade étnica, gerar debates, estimular valores e comportamentos de respeito e solidariedade. Para que esses objetivos se cumpram é necessário que exista uma educação voltada para diversidade cultural e as relações étnico-raciais nas escolas” [Lima, 2016, p.15].

De acordo com os professores Ângela Medeiros e Eduardo Almeida (2007), a aplicação da temática em sala de aula tende a ser problematizada, pois são necessárias alterações efetivas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos cursos de capacitação propostos aos docentes. Segundo Medeiros e Almeida [2007, p. 3], “ao sancionar a Lei, o governo desconsiderou a realidade e apenas procurou preencher uma lacuna incômoda, ou seja, cumprir finalidades políticas”. Logo, o despreparo dos educadores faz com que a Lei não seja devidamente aplicada.

Cabe, portanto, ao educador procurar medidas para lidar com essas contrariedades e debater a temática de modo coerente em sala de aula e, por exemplo, desenvolver com os educandos projetos didáticos pedagógicos. À vista disso, não há uma série exata para o docente iniciar o ensino da cultura africana e afro-brasileira em sala de aula. A partir da Educação infantil a temática pode ser trabalhada, pois:
“é necessário fazer com que a criança, mesmo pequena, perceba a diversidade a sua volta. É importante que bonecos e bonecas de cores diferentes estejam presentes na caixa de brinquedos da escola, para que as crianças se identifiquem com eles” [Santos, 2015, p. 11].

Existem inúmeras formas de abordar o tema no âmbito escolar, cabe aos educadores explorarem com seus alunos – independentemente de sua faixa etária –, de forma objetiva e através de atividades o estudo da cultura africana e afro-brasileira em sala de aula. Pois, é necessário o desenvolvimento de novas metodologias que aproximem o aluno de temas como esse, que promovem consciência crítica, formação de opinião e viabilização de mudanças na sociedade. Essas novas abordagens podem ser aplicadas em nosso cotidiano de modo simples como, por exemplo, na dedicação de um maior tempo para a análise de um documento histórico – tanto pelo seu significado, quanto pelo exercício de se trabalhar uma fonte primária –, ou na utilização de outras fontes que possibilite o educador de inserir de modo objetivo e prático temáticas como essa.

Em vista disso, relataremos a elaboração e aplicação do projeto de intervenção Brasil, meu Brasil afrodescendente, desenvolvido com os educandos do 6o ano do Ensino Fundamental II, o qual utilizamos de diferentes fontes históricas como documentários, músicas, vestimentas, vocabulários, dentre outras fontes, que nos possibilitou desenvolver um diálogo aberto sobre a importância da cultura africana e sua contribuição em nossa formação sociocultural.

A partir das observações de aula, nas turmas do 6° ano do Ensino Fundamental II, identificamos a necessidade de trabalharmos temáticas referentes a cultura africana e sua influência na construção da identidade afro-brasileira. Para analisarmos a história da cultura afro-brasileira enquanto um dos principais pilares que compõe a identidade cultural nacional, foram realizadas atividades teóricas e práticas com as turmas.               A temática nos possibilitou elaborar doze subtemas, os quais foram divididos em:  aspectos culturais da resistência africana no período colonial; história dos engenhos; personagens importantes da cultura negra; religiões afro-brasileiras; ciclo da cana-de- açúcar; racismo, músicas e danças afro-brasileiras; autores abolicionistas; culinária; vocabulário; e os Cento e trinta anos da Lei Áurea.

Antes de colocarmos em prática o projeto solicitamos uma reunião com o gestor da escola para expor nossas ideias e após a aprovação da coordenação escolar, requisitamos uma reunião com os responsáveis dos alunos. Visto que, necessitamos de um outro horário para os ensaios, pois como as aulas de História ocorriam apenas pela segunda-feira, no período da manhã, os ensaios não poderiam acontecer nesse horário, pois causaria atrasos aos planos de aula. Por isso, elaboramos um documento para que os responsáveis pelos alunos os autorizassem a participar do projeto e dos ensaios que ocorreriam no período da tarde.

O projeto de intervenção foi aplicado numa escola pública da rede municipal da cidade de Carpina, interior de Pernambuco. O projeto tem como objetivo principal sensibilizar o estudante a respeito das diversidades culturais e nossos objetivos específicos buscaram ressaltar o máximo de perspectivavas sobre a cultura afro-brasileira aos alunos. No que se refere a metodologia, em primeira instância analisamos as fontes a serem trabalhadas e dividimos as turmas em grupos de até cinco pessoas. Cada grupo ficou com uma temática, sendo elas os doze subtemas escolhidos. Os grupos foram distribuídos entre os professores da disciplina de história, para que pudéssemos coordenar de modo prático o ensino dos subtemas. Essa coordenação consistia em estudar o assunto pelo qual o grupo ficou responsável e posteriormente ministrar uma aula sobre o conteúdo, mostrando a importância da temática, como ele é encontrado no dia a dia do aluno e qual a necessidade de se falar sobre isso. A partir da elaboração de um cronograma de ensaios, nos reuníamos uma – ou duas – vezes na semana para acompanharmos os ensaios dos grupos.

Os primeiros encontros ocorreram em sala de aula, nas quais utilizamos recursos como, por exemplo, data shows para realizarmos aulas teóricas. De início, observamos que alguns alunos sentiram dificuldades em compreender a temática devido à problemas de leitura que dificultaram seus estudos com os textos de apoio e por conta disso, não conseguiam se expressar. Vale ressaltar, também, o problema da intolerância que alguns discentes demonstraram frente ao tema das religiões de matrizes africana. Presenciamos o uso de termos pejorativos que nascem justamente da ausência de conhecimento sobre o assunto.

À vista disso, nosso trabalho foi redobrado, porque tínhamos a consciência de que seria necessário ensinar, por exemplo, não apenas a pronúncia de algumas palavras, mas criar sentido naquilo tudo para que houvesse, de fato, aprendizado. Para isso, utilizamos diferentes fontes históricas referentes à Cultura Afro-brasileira como, por exemplo, o livro pedagógico “Afro – Conhecendo a cultura africana”, das autoras Geovana e Mirna Tilstcher; a música “Dandalunda” da cantora Margareth Menezes e o poema “O Navio Negreiro” de Castro Alves. Em consequência disso, no decorrer de três semanas percebemos que nossas abordagens contribuíram para uma maior interiorização do assunto e os discentes conseguiram, não apenas compreender o assunto, mas explicá-lo.

No dia 19 de dezembro de 2018 ocorreu a aplicação do projeto. As apresentações se iniciaram no auditório da escola, no qual apresentamos para os pais, os demais alunos da instituição e para o corpo docente da escola o objetivo do festival. De início, as turmas foram encaminhadas para o auditório e ao som da música “Dandalunda” assistiam à apresentação do sexto ano A, que trouxeram passos característicos da cultura afro. Em seguida, os alunos do sexto ano B, apresentaram um pouco sobre a história da capoeira no Brasil e fizeram uma roda de capoeira, posteriormente, os alunos se encaminhavam em direção as salas de aula para assistirem as apresentações dos outros grupos. Os grupos foram distribuídos em três salas e cada sala continha quatro equipes, as apresentações ocorreram apenas pela manhã para os alunos dos outros anos do Ensino Fundamental II.

Os resultados que obtivemos com a aplicação do projeto, foram satisfatórios. O desempenho dos alunos durante os ensaios, o interesse que eles desmontaram e seus entendimentos acerca dos temas, foram evidenciados nas apresentações. Nosso objetivo de levar uma maior compreensão aos estudantes acerca de uma cultura tão importante para nossa formação sociocultural – que infelizmente não é muito trabalhada e valorizada –, foi alcançado. O projeto foi desenvolvido no período em que estávamos cursando o 6o semestre do curso de licenciatura em História, e contribuiu de forma prática em nossa formação enquanto educadoras. Através dele aprendemos como elaborar um projeto de intervenção, assim como colocá-lo em prática. Além disso, aprendemos a lidar com os questionamentos e problematizações dos alunos. Por fim, essa experiência colaborou, de modo prático, para nossa formação enquanto docentes, pois a estratégia de ensino adotada baseou-se em pesquisas e apresentações que facilitaram o processo de ensino-aprendizagem de ambos os envolvidos com o projeto.

Referências
Ana Maria Lúcia do Nascimento é graduada em Licenciatura em História, pela Universidade de Pernambuco.
Steffany Maria Aparecida do Nascimento é graduanda em Licenciatura em História, pela Universidade de Pernambuco.

BRASIL, Presidência da República. Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2013. Brasília, 2003. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em: 02 mar. de 2020.
FONTENELE, Zilfran Varela. A história e cultura afro-brasileira e indígena na escola. In: Anais do XXIX Simpósio Nacional de História - contra os preconceitos: história e democracia. Brasília/UNB, 2017. Disponível em: https://www.snh2017.anpuh.org/site/anais. Acesso em: 02 mar. de 2020.
LIMA, Hanna Karoline Macedo de. A importância de trabalhar o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em sala de aula. Cabaceiras: UFPB, 2016. 
MEDEIROS, Ângela C.; ALMEIDA, Eduardo R. de. História e Cultura afro-brasileira: Possibilidades e impossibilidades na aplicação da Lei 10.639/2003. Revista Ágora, Vitória, n. 5, 2007.
OLIVEIRA, Juliana Pires de; GOULART, Trayce Ellen. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena em Sala de Aula: a Implementação da Lei 11.645/08 nas Escolas. Aedos. v.4, n. 11, 2012. 
SANTOS, Ana Paula Borges dos Reis Queiroz. Africanidades: Um olhar pedagógico para o ensino da cultura africana em sala na aula. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em Africanidades e Cultura Afro Brasileira). Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2015.

46 comentários:

  1. Boa noite! Sou pernambucano, mas moro atualmente no Rio Grande do Sul, no município de São Leopoldo, grande Porto Alegre. Estou concluindo o curso de graduação em História pelo Instituto Ivoti. Esse texto contribuiu bastante ao trazer abordagens que reforçam o tema de meu TCC sobre a influência da Revolução Haitiana no Brasil escravista durante os séculos XVIII e XIX. Optei pelo tema por justamente concordar com as autoras sobre o silenciamento do assunto e necessidade de uma abordagem mais positiva da história africana ou dos escravizados africanos.
    Davidson Santos de Melo.

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    1. Olá Davidson, ficamos felizes que nosso trabalho contribuiu em algo tão importante pra você, parabéns pelo ótimo tema. Ele com certeza contribuíra e muito para o estudo da temática.



      Att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  2. Edson Willian da Costa18 de maio de 2020 às 21:38

    Olá autoras, primeiramente gostaria de parabeniza-las pelo excelente trabalho. A partir da discussão desenvolvida, foi possível ter uma melhor compreensão a respeito da importância de se trabalhar a temática em sala de aula.
    Vocês afirmam que, mesmo com a implementação da lei 10.639/03 ainda é possível identificarmos docentes que, de certa forma ainda reforçam estereótipos, visões lacunares e até mesmo silenciamentos em relação a abordagem da temática. Acredito que tais posicionamentos podem ter relação com a falta de formação continuada, projetos, e suporte, tanto para professores formados antes a promulgação da lei, e posterior a mesma. Gostaria de saber como vocês compreendem esta relação?
    Um grande abraço.



    Atenciosamente,
    Edson Willian da Costa

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    1. Olá Edson, obrigado pela pergunta e que bom que você gostou do nosso trabalho, obrigada! Como descrito no texto ao utilizarmos dois professores que abordam, por exemplo, a falta de reformas incisivas do governo na BNCC e em outras áreas da educação, faz com que certos docentes, como você pontuou, não tenham preparo para trabalhar a temática em sala de aula. Mas, como educadoras aprendemos ao longo do curso e, principalmente, em nossos estágios em escolas públicas, que mesmo sem um curso de capacitação, por exemplo, cabe ao docente dar o primeiro passo para o desenvolvimento de novas metodologias que problematizem temas como esse - que infelizmente, é pouco valorizado. Assim, apesar de não haver um suporte efetivo para que a lei seja cumprida, acreditamos que o educador deve tomar iniciativas como realizar leituras sobre o tema, dialogar com professores que compreendem mais do assunto e participar de cursos que debatem a temática, para assim desenvolver a mesma em sala de aula.

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  3. quais as formas de trabalho que vc considera mais importante para trabalhar a cultura dos povos africanos, pois sabemos que o tempo de aula é bastante curto e as vezes não consegue trabalhar de forma completa como deve o referido assunto?
    Rogério Silva de Mesquita

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    2. Olá, agradecemos a pergunta Rogério. Além de um projeto interdisciplinar com os outros professores, eu indicaria também exposição de filmes ou documentários, caso a escola comporte esse tipo de atividade, assim como roda de oficinas – esse seria um trabalho extra aula, na qual você poderia convidar pessoas que palestram sobre a temática africana, como professores de danças, cozinheiros especialistas em comida africana e representantes de religiões afro-brasileiras.

      Att, Ana Maria Lucia do Nascimento

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  4. Bom dia
    Concordo com sua colocação. Considero que os livros didáticos devem ser revistos, pois muitos trazem somente a história dos africanos no período da escravidão. Acho importante trabalhar com os alunos a história dos africanos,mas também abordar as Leis que foram criadas durante o período da escravidão até os dias atuais, para que seja possível fazer uma contextualização do passado e presente. Considero que muitos livros ainda trazem um história muito engessada sobre a situação dos africanos e seus descendentes. Gostaria da tua opinião.

    Inês Valéria Antoczecen

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    1. Olá Inês, agradecemos sua pergunta! Concordamos com você, apesar de se falar em diversidade o PNLD, por exemplo, não aborda certas temáticas - em geral denominadas de 'tabus' -, que devem ser debatidas em sala de aula. Com relação a cultura Africana e Afro-brasileira, apesar de uma lei que torna obrigatório o ensino da mesma em todas as instituições escolares, observamos que é o assunto é algo desvalorizado e, como você bem colocou, o livro didático acaba por contribuir para esse 'engessamento'.

      att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  5. Mais um comentário sobre o assunto do texto. Eu sou professora de História e valorizo muito a abordagem de todas as etnias e sempre abordo em minhas aulas a importância dos escravos africanos, assim como de seus descendentes para o desenvolvimento econômico de nosso pais. Sabe-se que no passado essas pessoas lutaram horrores para desenvolver o país e muitos eram sacrificados, porém na atualidade muitos descendentes usam da situação vivida por essas pessoas para se beneficiar, para se vitimizar. como ouvi uma expressão de uma professora "eu não preciso estudar para o concurso porque minha vaga está garantida, chegou a minha vez" ela se referia as cotas. Qual a sua visão sobre as cotas nos concursos públicos e nas universidades?

    Inês Valéria Antoczecen.

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    1. Olá Inês, gostamos muito de problematizar o tema em sala de aula, abordando o assuntos e seus conceitos. Não trabalhamos com o termo escravos (apesar do mesmo está em certos livros didáticos), mas sim escravizados os próprios alunos compreendem que o termo que está no livro didático está incorreto. Com certeza, houveram muitas lutas e contribuições imensuráveis em, por exemplo, nossa economia e cultura, concordamos com você. Mas essa questão de vitimização atrelada ao sistema de cotas que você questionou é algo que discordamos fortemente, o sistema de cotas é algo a ser valorizado em uma sociedade como a nossa - injusta e desigual. Pois, a cor da pele, infelizmente, interfere em várias áreas e a cor negra é, sem dúvidas, uma das mais atingidas pelo nosso sistema.


      att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  6. Olá, Ana Maria e Sttefany Maria.
    Espero que esteja tudo bem com vocês!

    Parabéns pelo excelente projeto! Gostaria de dar uma sugestão para amplia-lo e espero a opinião de vocês.
    Antes de abordar a cultura Afrobrasileira, seria válido explicar como era a sociedade e a organização do continente africano ou dos países que mais sofreram exploração com a chegada de Portugal, com essa introdução, aplicar o projeto meu Brasil afrodescendente e por fim fazer debates em sala sobre a marca que a escravidão deixou na comunidade negra e na nossa atual sociedade brasileira.
    É uma boa ideia pra complemento ou ficaria muito complexo paras os alunos?

    Claudio Oliveira Cavalcanti
    (Jardim de Piranhas/RN)

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    1. Olá, Claudio. Estamos bem, muito obrigada. A ideia é fabulosa, acho muito válido levar o olhar dos nossos alunos para esse continente, principalmente por que raramente eles terão contato com essa abordagem, certo? Noto que estudamos da geografia física do continente europeu até suas vegetações, mas em relação ao africano... nada. Não creio que seja complexo demais para eles, mas acredito que você vá precisar de um tempo maior para colocar esse trabalho em prática. Nem sempre dispomos desse tempo, levando em conta que temos que cumprir as demandas da instituição a qual estamos vinculados. Além disso, caso haja a possibilidade de aprimoramento no nosso projeto, quanto mais didática for a forma de comunicar a exploração do continente africano pelos portugueses, menos complexo fica. Então prossiga na sua empreitada.
      Att, Ana Maria L. do Nascimento

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  7. Olá, primeiramente quero agradecer as autoras pelo excelente trabalho, pois se nota que o tema muito e rico para ser abordado em sala de aula, principalmente por sua grande importância, não somente em história, mas pode ser abordado em todas as disciplinas para reforçar a importância das culturas africanas e compreender essa miscigenação existente. E ainda a partir deste assunto em sala de aula pode contribuir para a prevenção da discriminação e do preconceito racial e possivelmente caminhar para uma erradicação.
    Atenciosamente.
    Ewaldo Piruk

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    2. Olá Ewaldo, Obrigada! Ficamos felizes com seu comentário, pois - como você bem colocou em seu comentário - é muito importante o debate dessa temática em sala de aula.



      Att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  8. Desse modo e importante o reconhecimento das contribuições dos povos africanos na construção da nação. Assim, a história da África e suas lutas históricas por autonomia e emancipação devem estar presente na sala de aula.
    Ewaldo Piruk

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    1. Olá, agradecemos o comentário Edwaldo. Seu comentário é bastante pertinente. É uma questão de identidade. Quando pensamos, por exemplo, a questão da abolição da escravatura, não devemos vincular esse marco histórico a uma aristocracia ou a figura de uma princesa. Cabe ao professor, dentro de sala de aula, descontruir os estereótipos dos livros didáticos mostrando como a figura no negro, principalmente os abolicionistas, foi primordial. Essa é nossa raiz. Um povo que não conhece sua origem é enredado por qualquer tipo de vento.

      Att, Ana Maria L. do Nascimento

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  9. Muito bom e muito esclarecedor o texto. Acredito que ensinar a cultura dos povos africanos seja essencial para todos que passam pelo ensino básico, contribui para a consciência de quem aprende a nunca discriminar alguém por sua raça. Para você, qual a maneira mais didática de trabalhar com alunos que tem um grande receio quanto as religiões de matriz africana?

    Atenciosamente,
    Sarah Aquino de Oliveira Silva.

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    1. Olá, agradecemos o comentário Sarah. Eu noto que a partir do momento que criamos uma aproximação entre os discentes e a problemática em si as coisas mudam. Nesse caso, mostrando que a questão identitária é fundamental para formamos uma nação consciente, podemos atrair a atenção dos pequenos. É um trabalho árduo, que só brotam após algumas tentativas. Grata!
      Att, Ana Maria L. do Nascimento

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  10. Olá satisfação poder está contribuindo com a temática abordada tendo em vista ser o Brasil um país diverso em sua totalidade,onde infelizmente persiste uma cultura racista onde há uma valorização eurocêntrica dessa cultura onde o continente africano muitas vezes é visto com um pais de misérias, havendo por parte de muitas pessoas uma negação de nossas ancestralidades.Trabalho com os anos iniciais do ensino fundamental e acredito que a temática abordada deve ser trabalhada desde de a tenra idade tendo em vista que a construção da identidade destas crianças que muitas vezes não se veem representadas nos livros , didáticos , é salutar o trabalho com a literatura infantil como forma dessa valorização.Parabéns pelo trabalho.

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    1. Olá Brigida, muito obrigada! Concordamos com você, não há idade para começarmos a trabalhar a temática em sala de aula. Como docentes - assim como descrevemos em nosso texto -, é necessário desenvolvermos novas metodologias que aproximem o aluno de temas como esse que promovem consciência crítica, formação de opinião e viabilização de mudanças na sociedade.



      Att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  11. Parabenizo vocês pelo projeto.
    Trabalhar com temáticas que oferecem uma carga de conscientização aos alunos, principalmente, aos alunos de ensino fundamental é sempre importante e lógico, a satisfação de levar isso a eles é imensa. Ao longo de todo o desenvolvimento do projeto, qual foi a maior dificuldade para em fim chegar a realização do mesmo?
    Dorilene Vieira dos Santos

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    1. Olá, Dorilene. Agradecemos sua pergunta. Encontramos algumas barreiras no preconceito dos pequenos. Eles faziam muitas piadas quando o assunto era a religião e a questão da estética africana. Além disso, tivemos um trabalho bem duro por que muitos dos alunos possuíam uma dificuldade de leitura enorme.

      Att, Ana Maria L. do Nascimento

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  12. Olá, parabéns pelo excelente texto e pelo projeto que eu gostei muito. Eu acho que deve ser feito mais eventos como o que aconteceu na escola citada no texto, em outras escolas e colégios, porque será muito importante para todos os alunos saber mais da África, para mudar muitas ideias erradas que alguns alunos acabam tendo sobre a falta de mais informações sobre esse continente .
    Que outras formas de representatividade
    e diversidade vocês acham que poderia acontecer dentro das escolas, além do otimo exemplo citado no texto, sobre
    ' ser necessário os alunos verem nas caixas de brinquedo que recebem nas escolas, varias bonecas de diferentes cores, para eles se identificarem'?

    Arielen dos Santos Alves

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    1. Olá Arielen, muito obrigado! Bom, é essencial ensinar para os discente - desde cedo - a importância do respeito às diversidades. Ao problematizarmos temáticas como a citada em nosso trabalho, por exemplo, conseguimos 'quebrar' certos preconceitos que os mesmos, muitas vezes (como você citou), possuem por não ter conhecimento sobre o assunto. Acreditamos que o âmbito escolar é palco de diversidade, representatividade e inclusão. Sendo assim, todos os temas que descontruam preconceito, racismo e discriminação, é válido para ser trabalhado.



      Att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  13. Olá! Parabéns pelo texto e pelo belo projeto de intervenção que desenvolveu nessa escola. A aplicabilidade da Lei é muito complexa, sinto na pele os desafios todos os anos. Precisa existir uma sensibilidade da gestão escolar, que na maioria das vezes não tem conhecimento e formação. Esse fato implica na elaboração do PPP e até mesmo nos projetos de intervenções propostos. São muitos os desafios para cumpri uma Lei, que não deveria ser questionada! Diante disso, O que podemos fazer para garantir a aplicabilidade dessa Lei???
    Luziane Laurindo dos Santos

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    1. Olá Luziane, muito obrigado! Nós como educadoras devemos insistir em trabalhar a temática, defendida pela lei, em sala de aula. Pois, apesar de ser obrigatória - como você citou -, instituições e até professores se recusam a abordarem a mesma. Mas, se quisermos mudanças devemos começar por nós mesmos, desenvolvendo em nossas metodologias - como citamos no texto - temas como esse, que promovem consciência crítica, formação de opinião e viabilização de mudanças na sociedade


      Att, Steffany Maria A. do Nascimento


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  14. É de extrema importância ensinará nas escolas a cultura afro-brasileira e Africana e ensinar também que há muitas pessoas que consomem a nossa cultura negra sem ao menos saber em que mazelas a população negra vive no Brasil, ou não se importam com o embranquecimento da nossa cultura.O dia da consciência negra nas escolas é realmente eficaz contra o racismo e contra a apropriação cultural?

    Maria Antônia Gomes

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    1. Olá, Maria. Agradecemos a sua pergunta. Particularmente considero essa data muito mal trabalhada nas escolas, digo isso por que trabalhei em duas instituições que não me permitia fazer nada nesse dia. Nosso país têm raízes racistas e isso é muito forte. Se o docente possuir força de vontade e consciência da importância de se falar sobre a cultura negra, sem dúvida essa data pode contribuir para sanar a mazela do racismo.

      Att, Ana M. Lucia do Nascimento

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  16. Será que toda a dificuldade de quebrarmos esse pré-conceito, foi porque desde o início quando falávamos de cultura africana, afro-brasileiro ficamos presos à escravidão, a poemas referentes à escravatura? Até nos tempos de hoje nas academias ficamos nos mesmos assuntos, mostramos uma África pobre, a escravidão que lá também ocorria e repetindo feito uma roda girando. Sabemos que os alunos dos ensinos fundamental e médio, já vão pra a escola com a cabeça formada desde casa. Não acham que deveriam mudar a ementa, mostrando que também existem países ricos na África, e as diversas influências que o Brasil teve durante esses anos além das influências tradicionais dos escravos?
    Alain Marcelo Nascimento dos Santos

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    2. Steffany Nascimento21 de maio de 2020 19:22
      Olá Alain! Felizmente, em minha formação na universidade, o professor que ministrou a cadeira de História da África, foi excelente em sua ementa com textos que descontroem a visão eurocêntrica sobre o tema. Mas, infelizmente nem todos fazem isso, com relação a mudanças acreditamos que devem sim ser realizadas nos PCN's, para analisarmos, por exemplo, a cultura africana e sua influência na construção da identidade afro-brasileira e em vários outros aspectos de nossa sociedade.




      Att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  17. Boa noite!
    Muito obrigada por disponibilizar um material tão rico, acho muito válido os nossos alunos terem ideia do que é a cultura afro brasileira, geralmente tem sido tão pouco explicativo em sala de aula, e os livros são tão rasos, eu gostaria de saber qual método podemos utilizar em sala pra ir mais a fundo no assunto além dos livros, que tenha uma escrita mais didática, você pode me ajudar?
    LOHANA DE MELO ALVARES

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    1. Olá, Lohana. Grata pela pergunta. Em primeiro lugar eu sugiro o uso de quadrinhos, HQs e livros literários. O lúdico chama a atenção deles. (como exemplo: Contos Africanos: Histórias da cultura afro, contadas pelos povos de língua portuguesa; O príncipe medroso e outros contos africanos - Anna Soler; Contos africanos - Enersto Rodriguez; Amoras- Emicidas). Além disso, existem alguns documentários sobre o assunto (exemplos: Poeira Urbana - Poussières de Ville e A Dançarina de Ébano - La Danseuse d’Ébène). Não vamos ficar presas apenas em letras em nossa docência, por isso as indicações de audiovisuais. Existem vários filmes que também podem ser utilizados. Espero ter ajudado.

      Att, Ana M. Lucia do Nascimento

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  18. Boa noite. Indubitavelmente não há como negar que a história e cultura da Africa foi um elemento de importante contribuição para a formação da sociedade brasileira. Nesse sentido, além de trabalhar com as propostas de intervenções citadas no texto, as produções cinematográficas brasileiras e estrangeiras sobre a história e cultura africana e dos afrodescendentes fortaleceriam a relevância dessa temática no ensino de história?

    Luciano Almeida da Silva.

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    1. Olá, Luciano. Sem dúvida, quando o professor sabe elucidar os caminhos para uma boa leitura do filme, essa ferramenta pode ser muito importante para a formação do senso crítico dos alunos. Filmes como: Kiriku e a Feiticeira (Michel Ocelot.| França, 1998), Lumumba (Raoul Peck| Belgica, 2000) e Beast of No Nation (Cary Fukunaga | EUA, 2015), são de extrema utilidade. Espero ter ajudado.

      Att, Ana M. Lucia do Nascimento

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    2. Boa tarde. Obrigado pela atenção e, discretamente pela indicação de um filme. E, aproveitando ao ensejo, quero parabenizá-las pela produção textual.

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  19. Boa noite! Obrigada por nos permitir ter acesso a um material tão rico e esclarecedor. Por que é tão difícil desenvolver trabalhos que valorize a cultura africana nas escolas? Uma cultura tão rica com muitas figuras importantes fica relegada a duas datas (Abolição da escravatura e Dia Consciência negra).A lembrança dessas duas datas reforçam a necessidade da mudança na abordagem e estudos na escola.Por que em pleno século XXI ainda estamos muito aquém da inserção da história do negro como elemento formador da cultura e na identidade do Negro?

    Luciane Pires Felipe

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    1. Olá, Luciane. Muito obrigada pela pergunta. Sobre a dificuldade de desenvolver trabalhos que valorizem a cultura africana eu diria que a organização conteudista da educação brasileira nos relegou a um conformismo terrível. Os docentes quando desanimados esquecem do papel primordial que certos assuntos assumem na construção da sociedade. Sem contar que algumas escolas simplesmente passam por cima, principalmente as particulares.

      Sobre a inserção da história do negro, particularmente acredito que perdemos a nossa identidade, estamos fadados a ter uma mente de colonizado, nos importamos mais em saber do continente europeu ao invés do nosso. Damos prioridade a outras culturas, como a americana, e esquecemos a nossa.Para mim o problema reside ai.

      Att, Ana Maria L. do Nascimento

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  20. Boa noite!Primeiramente, gostaria de as parabenizar pelo texto,ficou muito bom! Sou graduanda em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente sou bolsista vinculada a um Museu de Arqueologia da mesma instituição, onde trabalhamos a questão do indigena /africano na história da Zona da Mata Mineira em um projeto de Educação Patrimonial. O projeto apresenta algumas lacunas em relação ao patrimônio africano, já que o foco está na presença indígena nas cidades da região. Utilizamos de um questionário para trabalhar a questão do reconhecimento identitário, e tenho observado que boa parte dos alunos (mesmos os negros) ainda relutam em se identificar como tal.
    Pensando no trabalho de vocês como educadoras, quais são as possíveis saídas para inserir essa temática aplicada a realidade dos mesmos? Considerando que os livros didáticos ainda apresentam problemas relacionados ao tema.
    E como trabalhar essa disparidade relacionada ao reconhecimento identitário com os mesmos?

    Caroline de Paula Egidio

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    1. Olá Caroline, muito obrigado! É necessário que o educador procure novas perspectivas para o ensino de História da África e da cultura afro-brasileira. Como, por exemplo, trabalhar com conceitos, personagens importantes de ambas as culturas - elucidando o papel dos mesmos na história. Assim como apresentar aos educandos livros de autorxs negros (um exemplo são as obras da autora negra americana Bell Hooks) e outras fontes que problematizem questões como o racismo e elucidem a grandeza e influência desses povos. Pois - como você citou -, a representação do negro nos livros didáticos, infelizmente, é degradante.



      Att, Steffany Maria A. do Nascimento

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  21. QUANDO FALAMOS EM AFRICA PENSAMOS EM ESCRAVOS. MAS A AFRICA É UM CONTNENTE E EXISTEM DIVERSOS PAÍSES NESSE CONTINENTE. DE QUE REGIÃO DA AFRICA VIERAM NOSSOS ESCRAVOS?
    HEINZ DITMAR NYLAND

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  22. TENHO FOTOS DE UM MUSEU ONDE ERA UMA FAZENDA E POSSUIAM ESCRAVOS. EM UMA VISITA MINHA TIREI FOTOS DE ONDE FICAVAM OS ESCRAVOS E DE ALGUMAS CORRENTES E DETERMINADOS OBJETOS QUE USAVAM QUANDO OS ESCRAVOS FUGIAM E ERAM RECAPTURADOS, INCLUSIVE UM CHICOTE DE COURO. DEVO MOSTRAR ESTES OBJETOS AOAS ALUNOS?
    HEINZ DITMAR NYLAND

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  23. Bom dia! Primeiramente gostaria de parabenizar o seu trabalho, achei bastante interessante a forma como vocês desenvolveram as atividades.
    Mas, no que se refere às mazelas que dificultam a implementação da Lei 10.639 nas escolas, que trazem a questão racial a foco, como perceberam que era trabalhado essa questão na escola anteriormente à intervenção de vocês?

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