Fernando Tadeu Germinatti


O PENSAR RAÇA E RACISMO PELA HISTÓRIA DA CIÊNCIA:  UMA OPORTUNIDADE INTERDISCIPLINAR DE ESTUDO


Partindo do pressuposto da amplitude epistemológica da história da ciência, o ponto central da argumentação é trabalhar em nível macro, concebendo a própria ciência como possuidora de caráter biológico, político e social. Tendo como pano de fundo o desejo interdisciplinar que inspira a tessitura dessas linhas, em que existe a concentração dos esforços em levantar a história da ciência que surge ao mesmo tempo como campo do conhecimento, mas que é  impregnada de referenciais de prima biológico e social. Destarte, nesse sentido, caminhando acerca de envolver um debate mais rico, crítico e amplo sobre o tema e debate da raça no Brasil, dessa vez sob perspectiva da construção da teoria científica da eugenia.

Em síntese, o esforço do debate promovido aqui caminha no olhar da raça brasileira como instrumento de modificação com o tempo. Considerando tais aportes, vendo a mesma sob perspectiva histórico-política, de forma, assim, que mantendo como exemplo as rupturas históricas simbolizadas pela Declaração da Independência assinada em 1822, a Abolição da Escravatura em 1888, a Proclamação da República em1889 e a Revolução de 1930 , em cada ruptura:“[...] volta-se a falar nas três raças tristes, na mestiçagem herdada da colonização portuguesa, no arianismo chegado com  a política de imigratória favorecendo a entrada de europeus, na democracia racial[...] e no preconceito que se mescla [...]”(Ianni, 2004, p. 131).

Nesta linha de argumentação, a rigor, o sociólogo Octavio Ianni (2004) estabelece uma fala favorável a pensar a instrumentalização das raças como forma de controle durante momentos-chave para a história nacional. Diante dessas considerações, torna-se uma constante buscar enquadrar essa problemática na visão interdisciplinar. Outrossim, na perspectiva levantada pelo prisma social, é cabal observar que, a raça fora instrumentalizada como discurso e aplicada para segregação e estratificação dos indivíduos, é nesse fluxo, assim, que o historiador Vanderlei de Souza parte da concepção de que: “No Brasil, as questões raciais sempre constituíram um quadro controvertido [...] especialmente a partir de meados do século XIX, quando as teorias raciais, disciplinas e instituições científicas europeias apontavam inexistente a existência de diferenças e hierarquias entre os diversos grupos humanos” (Souza, 2019, p.96).

A conceitualização de raça e racismo sob perspectiva científico-biológica
Indubitavelmente, a raça enquanto foco da ciência como passou a ser no fim do século XIX, imprimia um outro olhar biológico na existência e constituição do ser humano. Com efeito, são promovidas e estabelecidas diversas camadas de interpretação, de forma que é interessante notar que, a raça está envolvida numa abordagem ampla interdisciplinar, abrindo espaço para estudo de campos diversos. Mediante tais constatações introdutórias, a noção de raça foi a peça chave da história do Brasil, especialmente entre o fim do século XIX e início do século XX com a Primeira República (1889 1930). Grosso modo, tomado pela ciência, a partir do racismo científico moderno arquitetado pelo diplomata e filósofo francês Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882), o conde Gobineau propôs um novo estudo da raça humana, condenando a miscigenação das raças. Com relação à construção da raça, é inegável não associar esse período com o afirmado pela antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, ao pontuar que “ a partir de 1870 introduzem-se no cenário brasileiro teorias de pensamento até então desconhecidas, como o positivismo, o evolucionismo, o darwinismo” (Schwarcz, 1993, p.57). O que passou a envolver em seu estudo, o envolvimento da história, da biologia e da sociologia na atualidade.

Pela visão da grande maioria dos eugenistas, poder público e intelectualidade, o sucesso ou fracasso da nação passava pela forma com que a raça fosse trabalhada. Nesse interim que a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz em O espetáculo das raças(1993) vai expor que: “ O termo raça, antes de aparecer como conceito fechado, fixo e natural, é entendido como um objeto de conhecimento, cujo significado estará constantemente renegociado e experimentado nesse contexto histórico específico, que tanto investiu em modelos biológicos de análise” (Schwarcz, 1993, p.24). A questão racial é vista aqui de diferentes formas, não só social, mas enquadrada também na perspectiva política e científica. No prisma da história da ciência, um dos maiores expoentes, a partir do qual podem ser elaboradas relações entre história-ciência, medicina, saúde, higiene, reprodução, é o filósofo francês Michel Foucault que, por exemplo, vai compreender na obra Em defesa da sociedade(1999) que:

“No contínuo biológico da espécie humana, o aparecimento das raças, a distinção das raças, a hierarquia das raças, a qualificação de certas raças como boas e de outras, ao contrário, como inferiores, tudo isso vai ser uma maneira de fragmentar esse campo do biológico de que o poder se incumbiu; uma maneira de defasar, no interior da população, uns grupos em relação aos outros. Em resumo, de estabelecer uma cesura que será do tipo biológico no interior de um domínio considerado como sendo precisamente um domínio biológico. Isso vai permitir ao poder tratar uma população como uma mistura de raças ou, mais exatamente, tratar a espécie, subdividir a espécie de que ele se incumbiu em subgrupos que serão precisamente, raças. Essa é a primeira função do racismo: fragmentar, fazer cesuras no interior desse contínuo a que se dirige o biopoder” (Foucault, 1999, p. 304-305).

Pelo excerto, percorrendo essa teia foucaultiana dialógica, a partir da segunda  metade do século XIX, na medida que a raça ancora-se ao biológico, estrutura-se uma nova cadeia de dominação sob o corpo da população, que é melhor exposto em seus efeitos quando, em História da sexualidade(2017) Foucault apresenta que: “O racismo se forma nesse ponto (racismo em sua forma moderna, estatal, biologizante): toda uma política do povoamento, da família, do casamento, da educação, da hierarquização social, da propriedade, e uma longa série de intervenções permanentes no nível do corpo, das condutas, da saúde, da vida cotidiana, receberam então cor e justificação em função da preocupação mítica de proteger a pureza do sangue e fazer triunfar a raça” (Foucault, 2017, p. 162).

Em outras palavras, a pedagoga e cientista social Nilma Lino Gomes aponta em texto chamado Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão (2005) que:“(...) raças são, na realidade, construções sociais, políticas e culturais produzidas nas relações sociais e de poder ao longo do processo histórico. Não significam, de forma alguma, um dado da natureza. É no contexto da cultura que nós aprendemos a enxergar as raças. Isso significa que, aprendemos a ver negros e brancos como diferentes na forma como somos educados e socializados a ponto de essas ditas diferenças serem introjetadas em nossa forma de ser e ver o outro, na nossa subjetividade, nas relações sociais mais amplas” (Gomes, 2005, p.49).

Em vista disso, fazia-se na visão dos intelectuais, necessária a atuação eugênica junto às políticas coordenadas pelo estado brasileiro como forma de “correção” das mazelas sociais que habitavam no Brasil. Nesse cenário, mormente, torna-se patente a relação raça, imperialismo científico e a constituição de seus entrelaços. No Brasil, sem titubear, muito além de caráter de ciência, a eugenia mostrava-se aos olhos dos intelectuais como o futuro de um caminho belo e próspero, característico de um movimento europeu avançado. Voltando aos escritos de Vanderlei de Souza na obra Renato Kehl e a eugenia no Brasil: ciência, raça e nação no período entreguerras (2019) apresenta que:

“Em 1865, poucos anos após a leitura de A origem das espécies, de Charles Darwin, o cientista britânico Francis Galton, primo de Darwin, publicou dois artigos na Macmillan’s Magazine, em que pretendia provar que a inteligência e as habilidades humanas não eram funções da educação e do meio, mas sim da hereditariedade. Quatro anos depois, esses artigos foram expandidos e transformados no livro Hereditary Genius, dando origem às discussões sobre o controle da reprodução humana e o papel da seleção social na preservação das ‘boas gerações’. Com essa obra, Galton introduziu um conjunto de ideias que, em 1883, denominou de eugenia: ‘a ciência da hereditariedade humana’. Suas concepções eugênicas sobre o melhoramento racial se associaram intimamente às discussões sobre evolução, seleção natural e social, progresso e degeneração, conceitos fundamentais que constituíram os ideários científicos e sociais no final do século XIX” (Souza, 2019, p.29).

Por uma história interdisciplinar da(com) ciência no Ensino Médio
Destarte, desde o fim do século XIX, esforços foram congregados em aplicar uma perspectiva de acolhimento ao corpo científico do raciocínio acerca dos preceitos raciais. O fato é que, ao relacionar um tipo de argumentação evocativa interdisciplinar da raça vista do prisma de vários campos do saber acadêmico, sua amplitude passa a ser significativa, mais completa e complexa para estudo variado epistêmico. Atitude que passa a exigir uma abrangência maior no tratar de raça e racismo no ambiente escolar, de modo que seja possível criar intersecções nas áreas do saber acadêmico. Visto pela amplitude da discussão racial, a mesma pode ser tomada de distintas vertentes, a que propomos aqui é a partir da história da ciência, e ainda, observar como a raça passou a ser categorizada por diversas instâncias, sendo elas políticas, sociais e filosóficas. Roberto de Andrade Martins, físico, filósofo e historiador da ciência, vai apontar no artigo Que Tipo de História da Ciência Esperamos ter nas Próximas Décadas? (2000) que:

“[...] Os historiadores de cem anos atrás procuravam encontrar no passado as fontes do conhecimento científico recente, sem se interessar muito por aquilo que havia sido abandonado pela corrente científica ‘vitoriosa’, com o passar do tempo. [...] A História da Ciência era descrita como uma evolução conceitual totalmente independente do contexto histórico mais amplo, não se estabelecendo nenhuma correlação entre as transformações científicas e as mudanças religiosas, culturais, econômicas, políticas, sociais etc. [...] Prevalecia uma visão ingênua sobre a natureza da própria Ciência, que era considerada como um conhecimento ‘verdadeiro’, baseado em observações e experimentos. Nos relatos históricos era comum encontrarem-se descrições de como os ‘grandes cientistas’ haviam provado isto ou aquilo. Atualmente, a historiografia da Ciência é totalmente diferente. Ela é praticamente o oposto de tudo o que foi descrito acima” (Martins, 2000, p. 40).

O pressuposto deste autor é considerar que no início do século XX, surgiram os primeiros esforços no sentido de institucionalizar a história da ciência, época similar à que a raça é “adotada” e trabalhada pela ciência como forma de melhoramento do ser humano. Ao examinar a pauta proposta, o que emerge é um campo de estudo vasto, que abriga olhares históricos sob prisma biológico-social. É notável o tratamento teórico dado que dirige-se a interpretar o crescimento epistêmico. É válido salientar que, torna-se indispensável o estabelecimento dos pressupostos científicos aliados ao prisma social-educacional, especialmente no tratar raça-racismo, posto que, o engajamento em torno da questão interdisciplinar proposta nesse texto também está intimamente presente na própria constituição epistêmica da história da ciência, à luz da sociologia, filosofia e antropologia, áreas que têm contribuído para a desmistificação da ciência como “um processo de grandes descobertas de grandes gênios que pairam acima da capacidade dos pobres mortais” (Alfonso-Goldfarb, 2004, p.14).

Conforme reforçado pela historiadora Ana Maria Alfonso-Goldfarb(2004), é nesse entroncamento múltiplo-teórico, que implica, é claro, o resgate de uma perspectiva que busque evocar o sentido amplo da ciência, tida até mesmo em seu conceito nomenclado. Outrossim, estudá-la prima por envolver sua resolução complexa e histórica. Faz-se mister sintetizar a plausibilidade e a existência da “chama” interdisciplinar na história da ciência atual, buscando aplicá-la com mais ênfase também nas ciências humanas e sociais nas disciplinas escolares, em especial, no tocar ao tema raça e do racismo intrínseco, até mesmo como forma de enfrentamento e debate do mesmo, exposto que a ciência está atrelada ao seu contexto histórico. 

Destarte, feita a breve contextualização do levante da raça como conceito biopolítico e da ciência enquanto construção histórica, resta-nos apresentar de quais formas esses conceitos (raça-ciência) foram, podem e devem ser usados instrumentalmente para o ensino, numa perspectiva ampla, que contemple a história, logicamente, a biologia, a filosofia e a sociologia no envolver da (re)produção do racismo científico. Em Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências intitulada A história da ciência nos livros didáticos de química do PNLEM 2007 (2009), o químico Paulo Henrique Oliveira Vidal argumenta que:

“[…] a história da ciência, da maneira como é apresentada nos livros didáticos, não contribui para que sejam atingidos os objetivos educacionais preconizados por diversos documentos, entre eles o próprio edital do PNLEM [Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio]. Os livros necessitariam incorporar, em seu discurso relativo à história da ciência, formas que favorecessem a compreensão da ciência como um empreendimento humano e coletivo, sujeito a críticas, e que interage com o meio social. A abordagem de determinados episódios da história com maior riqueza de detalhes, através de estudos de caso que possibilitassem discussões mais profundas, seria mais profícua que a simples menção a um grande número de personagens, fatos e ideias […]” (Vidal, 2009, p. 6).

 Assim, no mesmo diálogo, o físico e educador Nelson De Luca Pretto, em A Ciência nos livros didáticos(1985), pensando a ineficiência do livro didático em trabalhar a ciência numa abordagem histórica mais próxima da realidade do aluno, em seu descontentamento, pontua que: “A apresentação da ciência é absolutamente a-histórica. Sem referência a seu processo de criação e muito menos ao contexto em que foi criada. E, o que é pior, na tentativa de suprir esta lacuna passa uma visão da História da Ciência como se fosse, como já dizíamos, um armazém, um depósito onde se guardam as vidas dos cientistas, seus feitos e suas obras” (Pretto, 1985, p. 77).

Como bem colocam Paulo Vidal (2009) e Nelson De Luca Pretto (1985) respectivamente, é no bojo desse raciocínio que a história da ciência chega nos bancos escolares como imprescindível ao seu estudo, destarte como complementa Allen George Debus (1948-1998), historiador norte-americano da ciência, que em artigo publicado em 1971 no Journal of Chemical Education, denominado The relationship of science-history to the history of science: “Acredito que seja importante talvez essencial para um estudante compreender o papel da ciência em nosso mundo e acredito que a melhor maneira de se fazer isso é através da história. Este é um recurso precioso para os estudantes entenderem os fatores que afetam a mudança de visão do homem a respeito da natureza [...]” (Debus, 1971, p. 804).

Paralelos estabelecidos por Debus (1971) partem a considerar o avanço científico sob ótica didática-historiográfica, de modo que surge a indagação: Como é possível dialogar ciência, raça e racismo numa abordagem ampla e didática (nos)dos processos histórico-pedagógicos ?, a resposta poderia ser: promovendo tecer analogias entre a História e diversos campos de conhecimento, como biologia , filosofia e a sociologia, baseando o ensino e o trabalhar raça e racismo pautados na interdisciplinaridade e complementariedade. É nesse transpassar, também, que a historiadora Maria Lúcia Castagna Wortmann em artigo intitulado É possível articular a epistemologia, a história da ciência e a didática no ensino científico? (1996), vai direcionar o raciocínio que ao relacionar Epistemologia, História, Filosofia e Ciência ao ensino, tornam-se mais frutíferas e promissores no estabelecimento de temas, tais como raça, apostando no estreitamento de relações e amplitude de aprendizagem (Wortman, 1996).

Destarte, os esforços aplicados aqui estão congregados em apresentar uma perspectiva de acolhimento ao corpo científico do raciocínio acerca dos preceitos raciais. O fato é que ao relacionar um tipo de argumentação evocativa interdisciplinar da raça vista do prisma de vários campos do saber acadêmico, sua amplitude de ensino passa a ser significativa, mais completa. Atitude que passa a exigir do livro didático e do professor, uma abrangência maior no tratar de raça e racismo, de modo que seja possível criar intersecções nas áreas do saber acadêmico. Visto pela abrangência da discussão racial, a mesma pode ser tomada de distintas vertentes, a que propomos aqui é a partir da história da ciência, e ainda, observar como a raça passou a ser categorizada por diversas instâncias, sendo elas políticas, sociais e filosóficas.

Considerações Finais
Á guisa de conclusão, partindo da constatação de que a concepção de humano pode e deve ser histórico-social. Pelo argumento exposto no decorrer do artigo, é notória a força direcionada ao abranger da história da ciência no ensino das disciplinas de história, biologia e sociologia no envolver do conceito de raça e sua ligação com identidade, etnia e no trabalho acerca da formação e enfrentamento do racismo. Embora em campos distintos, não se pede aqui para esquecer os limites teóricos de cada disciplina, mas sim, promover a reunião delas em torno de uma abrangência mais completa acerca do entendimento da raça e das feições do racismo moderno. Por fim, resta pontuar que, a história da ciência pode muito contribuir para uma história disciplinar escolar plural e rica, oferecendo perspectivas mais amplas que se relacionem ao tema trabalhado.

Referências
Fernando Tadeu Germinatti é mestrando em história pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Atualmente é bolsista Demanda Social da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria. O que é história da ciência. São Paulo: Brasiliense, 2004
DEBUS, A. G. The relationship of science-history to the history of science. Journal of Chemical Education, Easton, v. 48, n. 12, p. 804-805, 1971.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999 _____. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
_____. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da costa Albuquerque e J.A Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro; São Paulo: Paz e Terra, 2017.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: BRASIL. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal no 10.639/03. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
IANNI, O. Pensamento social no Brasil. Bauru, São Paulo: EDUSC, 2004.
MARTINS, Roberto de Andrade. Que tipo de história da ciência esperamos ter nas próximas décadas? Episteme: Filosofia e História das Ciências em Revista, n. 10, p. 39-56, jan./jun. 2000. Disponível em: <http://ghtc.ifi.unicamp.br/pdf/ram-86.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2020.
PRETTO, N. D. L. A Ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora da Unicamp, 1985.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-1930). São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SOUZA, Vanderlei S. de. Renato Kehl e a eugenia no Brasil: ciência, raça e nação no período entreguerras. Guarapuava: Editora Unicentro, 2019.
WORTMAN, M. L. C. É possível articular a epistemologia, a história da ciência e a didática no ensino científico? Revista Epistéme, Vol 1, Nº 1, Porto Alegre 1996.
VIDAL, P. H. O. A história da ciência nos livros didáticos de química do PNLEM 2007. 103f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) Programa Interunidades em Ensino de Ciências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

3 comentários:

  1. Fernando, Parabéns por sua exposição!
    A interdisciplinaridade na composição curricular é de grande importância. A história mesclando-se não apenas em sua metodologia com outras ciências, mas a aprimorado nas salas de aula, colocaríamos em andamento não apenas uma união dessas ciências para o conhecimento, mas enquanto maior formação de um cidadão e quebraria estigmas ainda presentes em nossa sociedade. Por que a aplicação da interdisciplinariedade é tão difícil? A história interliga-se com mais facilidade com outras ciências, mas por que as outras resistem? Seria os apontamentos por metodologia?
    Débora de Queiroz Moreira

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  2. Boa noite, Débora.

    Agradeço sua leitura, compreendo que a questão envolva o ensino Universitário, desde as licenciaturas, ir pregando o ensino interdisciplinar, tentar incorporar os ensinamentos de cada área.

    Grato.

    Fernando Tadeu Germinatti.

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  3. Ou seja, quanto antes houver integração entre as diferentes ciências mais fácil será sua aplicação metodológica e teórica. É claro que a resistência enfrentada dentro das próprias licenciaturas ainda é forte, mas creio que menos do que era em 2010, ou antes, por exemplo. Eu tive a intenção justamente de apresentar uma visão ampla que pode ser apropriada por diferentes ciências e acredito que muitos outros temas podem ter espaço para serem trabalhadas de forma complexa e mais completa possível,

    Fernando Tadeu Germinatti.

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